01 junho 2011

Colapso de Inverno

Despertar implacável
Os cabelos sem corte,
cresceram e deram-lhe
um ar de índia velha.
Os olhos tristes, de cão.

A boca com vincos
presos na garra de aço,
do tempo mordaz

No papel de parede
laços lânguidos,
verdes, mudos.

A mulher no espelho
olhou-me fixamente.
Até desconsertar-me

Com o corpo no reggae
não vou me adaptar...